sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ONDE ESTÁ O AMOR?

O amor nem sempre está onde a gente quer que ele esteja
Então me diga, onde está o amor?
No beijo do namorado?
No cristo crucificado?
Na bomba atômica?
No beijo de Judas?
No encontro com Alá?
O amor estava em Páris, em Helena, em Corisco, em Dadá
Eu tento ver o amor nas pequenas coisas
Mas também busco encontrá-lo nas grandes
Amor vai muito mais além do que a gente pensa
Mas a gente nem pensa no amor de verdade
Amor é algo tão precioso e tão simples que chega a ser difícil falar dele
Mas a busca continua...
Tem até cientista querendo inventar o amor
Eita bando de bicho besta, amor não se inventa não seu menino!!!
E nós? O que estamos fazendo aqui?
Deixando o amor se perder?
Porra!! Puta que pariu, onde está o amor?
Tá em tudo que nos rodeia... a gente é que faz  vista grossa!



EU QUERO TER VOCÊ PRA MIM (Fabricio Ramos)

Já faz algum tempo
E a nossa amizade
Não é tão simples asssim
E esse mesmo tempo ta passando
Eu quero ter você perto de mim
O sol ta se pondo
Mais um dia sem lhe ver
Porque você está pensando tanto
Eu não sei mais o que fazer
Quando o dia amanhece
Penso logo em lhe ligar
Mas já nem sei
Até que ponto eu vou agüentar
Estou apaixonado
E não sei se isso é bom ou se é ruim
Eu só tenho certeza do que quero
E o que eu quero é ter você pra mim
Pra mim, pra mim
Eu quero é ter você pra mim


*Está musicado em www.myspace.com/fabricio80

ESQUEÇA (Fabricio Ramos)

Esqueça os acontecimentos
Pensamentos e algo mais
Esqueça tudo aquilo que você queria
E a sua agonia não volta mais
A dor que fere a tua cabeça
Isso você nunca esqueça
Ou tente remediar
O amor, aquele amor do passado
Esse mesmo lhe deixou de lado
Tente olvidar
Esqueça, esqueça o passado
Coloque ele de lado
E não o procure mais
Esqueça, até o que você não lembra
E que um dia não se arrependa
De tudo que você faz

TEMPO


Busco o estado em que minha alma resplandeça
Esta, goza somente em liberdade e plenitude
Vibra ao menor sopro que um vento teça
E inóspita fica quando se enche de inquietude...

De almas desérticas meus olhos desviam
Busco amores afins
Paisagens vivas, puras e solitárias
Vou no sentido contrário, na profundeza das coisas.

Estou encontrando-me. Vivendo para mim.
Tão bom voar, mas melhor ainda caminhar observando.
Estou egoísta...
As palavras são só minhas, e os dias e as noites...

Desconectei-me. Desprendi.
Andei por novos rumos, me despedi.

Desculpem a ausência, eu estava comigo...

*Carolina Salcides

LONGE (Fabricio Ramos)

Longe das caravelas perto das donzelas do interior
Longe dos quatro ventos que sopravam logo que você chegou
Longe do incenso grave e não liberado que você queimou
Longe da piada explícita e dessa política que nos governou

Longe de um acidente do cara imprudente que se embriagou
Longe do choque mais certo do sinal fechado que você passou
Longe da sociedade meio alternativa que Raul criou
Longe é nossa liberdade presa desde o tempo que Cabral chegou

Longe tão longe que lugar longe que ninguém chegou
Longe tão longe será verdade ninguém avistou


Longe da nossa ganância, da ignorância que se acumulou
Longe do nosso racismo, já passou do tempo eu acho que aumentou
Longe aquela terça-feira, ontem foi segunda e ninguém notou
Longe daquele nome que eu escrevi e ninguém decorou

Longe da carapuça você não fez nada ela lhe condenou
Longe do suor mais caro que o bandido veio e de você roubou
Longe do medo da chuva ficou molhado e ninguém te enxugou
Longe da minha cidade, cidade mais alta do interior

Longe tão longe que lugar longe que ninguém chegou
Longe tão longe será verdade ninguém avistou



*esse poema está músicado, ouça em: www.myspace.com/fabricio80

A Peleja Do Sertão Preocupado (Peço Aos Camaleões Que Escutem Essa Gente)

A Peleja Do Sertão Preocupado (Peço Aos Camaleões Que Escutem Essa Gente)
(Fabricio Ramos)

Corriam os anos trinta
E o sertão preocupado
Era um tempo marcado
Pelo sangue e o fuzil
Fome de quem resistiu
Olhando para o futuro
Na cacimba só o furo
No meio daquele sol quente
Peço aos camaleões que escutem
essa gente


Cinqüenta anos passados
Promessas e romarias
Pai nosso e Ave Maria
Foi pouco nos pensamentos
Mas é sempre nos momentos
É perto das eleições
Confundem os corações
De maneira diferente
Peço aos camaleões que escutem
essa gente


Um dia ficam pensando
Se o sertão vai virar mar
Difícil de acreditar
Nesse pensamento louco
Mas loucos acreditaram

Nada daquilo ocorreu
Não é possível que só eu
É quem pense diferente
Peço aos camaleões que escutem
essa gente


A prosa está comprida
O tempo que temos é curto
Ouvindo os absurdos
E não ter como falar
Mas tem que se pelejar
Para conseguir espaço
Fazer que nem fez Inácio
E também ser persistente
Peço aos camaleões que escutem
essa gente